Os instrumentos de sopro e sua história

DESVENDANDO A HISTÓRIA DOS INSTRUMENTOS DE SOPRO

Você já pensou: como os instrumentos de sopro surgiram?

Às vezes, eu me pego imaginando como todas as coisas foram inventadas.

Por exemplo, fico pensando como nasceu a música, ou quem foi o primeiro homem ou mulher a tocar o primeiro instrumento musical, sabe?

Quando eu era ainda criança (nunca me esqueço!) assisti um filme delicioso sobre os homens da caverna; e tem uma cena divertidíssima que mostra como a música foi inventada.

Assista um trecho aqui. Tenho certeza que vai valer muito a pena!

Essa é uma cena do filme Caveman, de 1981, estrelado pelo lendário baterista dos Beatles, Ringo Starr.

É claro que tudo isso aí é pura imaginação. Não foi realmente assim que tudo aconteceu. Na verdade, não dá para saber.

Mas uma coisa se sabe: ou as coisas nasceram do acaso, ou nasceram da curiosidade humana em descobrir o funcionamento do universo ou nasceram experimentação para resolver os problemas cotidianos.

Deve ter sido assim que surgiram os primeiros trompetes, trombones, tubas, bombardinos, trompas, ou seja, todos os instrumentos musicais de sopro.

Neste artigo, quero contar um pouco dessa história: COMO NASCERAM OS INSTRUMENTOS DE SOPRO.
DESENVOLVIMENTO

OS PRIMEIROS INSTRUMENTOS DE SOPRO

Assim como é mostrado no filme, os primeiros instrumentos musicais de sopro, no geral, eram feitos de bambu, ossos de aves e de humanos, troncos ocos, conchas e chifres de animais.

Acredita-se que o homem pré-histórico usava esses instrumentos para se defender, assustando os animais. Mas ao longo da história, esses instrumentos começaram a ter outros usos, por exemplo, em rituais religiosos e em funerais.

Desta maneira, os seres humanos, expressaram sua musicalidade e espiritualidade, conferindo a esses instrumentos uma dimensão quase mágica.

Curiosamente, os primeiros registros de instrumentos musicais remontam a flautas e apitos, datando de mais de 60.000 anos a.C., conforme revelado por pinturas rupestres descobertas por cientistas e arqueólogos.

Em 2012, uma equipe da Universidade de Oxford, liderada pelo Dr. Thomas Higham, descobriu uma flauta de ossos de aves na caverna Hohle Fels, Alemanha, datando de 42.000 a 43.000 anos a.C..

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OS TROMPETES MAIS ANTIGOS DA HISTÓRIA

À medida que as sociedades dominavam a utilização de recursos naturais como ferro, ouro e prata, os instrumentos de sopro também evoluíam.

Os trompetes mais antigos do mundo que se tem notícia foram encontrados na tumba do rei Tutancâmon pelo arqueólogo britânico Howard Carter, em 1922.

Ao entrar na tumba do rei egípcio (que governou de c. 1332–1323 a.C.), o arqueólogo viu duas espécies de trombetas, uma feita de prata e outra feita de bronze.

Em 1939, após 3000 anos de silêncio, o trompetista James Tappern revigorou essas trombetas uma transmissão radiofônica da BBC, proporcionando ao mundo contemporâneo uma audição única dos sons ancestrais.

Se você quiser ouvir os sons das trombetas, basta clicar aqui.

Para as civilizações antigas, essas trombetas nem sempre eram associadas às cenas militares. Pelo contrário, eram consideradas sagradas.

Eram utilizadas por sacerdotes em festas e rituais religiosos com a finalidade de afastar espíritos malignos.

É por essa razão que você encontra na Bíblia, principalmente no Velho Testamento, várias referências sobre esses instrumentos, revelando sua importância em passagens como “Estavam, pois, os levitas em pé com os instrumentos de Davi, e os sacerdotes com as trombetas” (2 Crônicas 29:26).

Através desses artefatos musicais, conectamos não apenas com a história, mas com as raízes espirituais da humanidade.

A EVOLUÇÃO DOS INSTRUMENTOS DE METAIS

As transformações do trompete, ao longo dos séculos, foram marcadas por inovações significativas que moldaram seu papel na música e nas atividades sociais.

Inicialmente, os primeiros trompetes eram mais parecidos a megafones.

A incorporação de metais na confecção dos primeiros trompetes trouxe uma revolução sonora, devido à sua capacidade sonora aprimorada.

Destaca-se cornu, amplamente utilizado no Império Romano, em bandas militares, funerais e cerimônias solenes.

A verdadeira metamorfose ocorreu, em 1815, com o engenhoso sistema de válvulas criado por Heinrich Stölzel, conferindo ao trompete uma totalidade cromática.

Esse avanço tecnológico não apenas elevou a expressividade do instrumento, mas também abriu caminho para sua integração nas orquestras, tornando-o parte fundamental da música clássica.

A CRIAÇÃO DAS VÁLVULAS (PISTOS)

A história da inclusão de válvulas no trompete representa um marco transformador na evolução deste instrumento icônico.

Até meados do século XIX, o trompete era restrito em sua capacidade tonal, limitado às notas da série harmônica.

No entanto, a virada histórica ocorreu em 1815, quando os alemães Friedrich Blühmel e Heinrich Stölzel conceberam o revolucionário sistema de válvulas.

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O sistema de válvulas trouxe uma versatilidade anteriormente inimaginável ao trompete. Antes, os trompetistas enfrentavam desafios consideráveis ao tentar atingir notas além da série harmônica, exigindo técnicas específicas, como o uso de diferentes bocais, por exemplo.

Porém, Stölzel e Blühmel resolveram esse problema introduzindo válvulas que alteravam o comprimento do tubo, possibilitando que o trompetista explorasse uma gama cromática completa.

O advento das válvulas abriu portas para novas possibilidades musicais.

Os trompetistas agora podiam tocar passagens mais complexas e executar peças em diferentes tonalidades com facilidade.

Essa expansão do alcance tonal elevou o trompete a um novo patamar de expressividade, tornando-se um instrumento mais versátil e adaptável a diversos estilos musicais.

A inclusão das válvulas no trompete não apenas influenciou a música clássica, mas também teve um impacto significativo em gêneros como o jazz e a música popular.

Essa inovação tecnológica não apenas ampliou o repertório e as capacidades do trompete, mas também permitiu que músicos explorassem novas fronteiras musicais.

CONCLUSÃO

Em síntese, a trajetória do trompete é um relato fascinante da interseção entre a arte, a tecnologia e a evolução cultural.

Dos primeiros instrumentos de sopro feitos de bambus e ossos até o advento revolucionário das válvulas em 1814, o instrumento passou por transformações cruciais.

Todas essas inovações não apenas ampliaram o alcance tonal, mas também integraram o trompete à linguagem musical, marcando sua ascensão como instrumento completo.

A aceitação do trompete em Si bemol na segunda metade do século XIX e a influência de figuras como Jean Baptiste Arban solidificaram sua posição na música clássica e popular.

Hoje, essa rica história oferece insights valiosos para músicos aspirantes.

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