Olá, meu amigo, tudo bem como você?
Uma das perguntas mais frequentes que aparecem nos comentários do canal CCMUSICAL no Youtube é sobre a clave utilizada para se tocar trombone e bombardino. Isto porque, eu, em meus vídeos, ensino na clave de Fá. Mas muitos me questionaram que aprenderam na clave de Sol e algumas vezes, ainda, disseram que por conta disto estou ensinando errado.
Fato é que, pelo meu entendimento, as claves são um indicativo do registro predominante de um instrumento. Explico. A clave de Sol é utilizada pra instrumentos de registro agudo, como trompete, flauta, violino, cavaquinho entre outros. A clave de Fá é utilizada para aqueles que soam grave, como tuba, contrabaixo e violoncelo. Já a clave de Dó serve os instrumentos de sons intermediários. A viola clássica é o único instrumento que se utiliza dessa clave.
Dito isto, fica claro entender que o trombone e bombardino devem ser utilizado a clave de Fá, pois são instrumentos de sons graves. Muitas vezes também é utilizado a clave de Dó, principalmente para trombone, quando se tratar de melodias tocadas em um registro mais agudo.
Mas a participação do Edson Freire feito lá canal CMUSICAL do Youtube trás um comentário de viés estilístico que vale à pena observar:
Meus amigos em falar que o Trombone (Vara/Pisto), só se toca em Clave de Fá ou Dó, é um grande engano, pois, como por exemplo o Método Amadeu Russo (Tradicionalíssimo) da Editora Irmãos Vitale, a mais de 50 anos no Mercado Editorial Musical, Brasileiro. Em que a maioria dos Alunos da Bandas de Músicas deste Brasil como Eu, o tinha como seu primeiro Método de seu Instrumento de Sopro ao lado do Bona para divisão Musical, Portanto o que acontece com estudo de Clave de Fá/Dó ou Sol, é uma questão de seguir uma Escola Teórica para Trombonistas. Clave de Fá tem a sua força na Escola Americana; As grandes Orquestras Sinfônicas ou Filarmônicas Europeias que executam peças Clássicas, e essas Músicas (Peças) vem escrita na Clave de Dó para Trombones e Cordas. A Clave de Sol tem as sua força nas Escolas Francesas e Italianas, nas suas Músicas Populares e Clássicas. Esta última era a que seguia os Trombonista Brasileiros, mas começou a mudar a partir da Bossa Nova em que parte dos Músicos Brasileiros passou a trabalhar com Músicos Americanos e também a morar nos EUA, então a partir dai a Escola Musical, que seguíamos até a década de 60/70, a Europeia então passamos para a Escola Americana. Portanto novamente digo a questão é saber qual Escola Vc quer Seguir, pois, o importante é Vc tocar uma Música e o Público te aplaudir.
Assista também outros vídeos dos quais falo sobre o mesmo assunto:
Muito boa, explicação, eu aprendi bombardino em sib na de sol, depois trombone, e aí tive sempre que transpor , e foi muito bom pois eu mesmo transportava e escrevia, foi muito útil e hoje já consigo ler transpondo mentalmente, ótima dica
Flanklin, tudo bem?
Muito obrigado. É muito bom pra mim, saber que meus vídeos ajudam as pessoas.
Um forte abraço pra você.
Muito pertinente as ponderações. Infelizmente hoje tendemos a determinar o que é “certo ou errado” sem muitas vezes compreender o contexto mais amplo da aplicação dos conceitos.. Parabéns ao moderador do blog que de uma forma exemplar demonstrou que as aplicações dependem muito de qual escola o instrumentista se formol. Meu respeito aos ensinamentos transmitidos aqui..
Olá, Eduardo Reis, como vai?
Muito obrigado pelas palavras. Bem, uma coisa que eu tenho aprendido no meio acadêmico, e observando o mundo e seus acontecimentos com um olhar histórico-crítico, é que tudo que vivemos no nosso cotidiano é construído por um movimento histórico-sócio-cultural. Tudo é uma construção humana. Assim, vou-me explicar: o som está lá, é natural, vem da natureza, é uma criação de Deus, mas partitura é uma criação humana, alguém inventou.
Já se perguntou do por quê que as várias terminologias de uma partitura são em italiano?
É isso. A cultura é fator importante pro nosso ser. Agradeço por Vigotski por este ensinamento.
Um forte abraço pra você.