1.2.3. Vibrato
- O vibrato é um dos principais efeitos expressivos do violão, no entanto, a maioria dos violonistas o realiza de forma intuitiva, e não é comum encontrar nos métodos um estudo sistemático de como praticá-lo. Particularmente, me dediquei muito ao estudo do vibrato, talvez por minha formação inicial como violinista.
- Evitar o “vibrato nervoso descontrolado”: praticar com metrônomo. Pode-se começar colocando a 60 BPM e tocar notas longas com duas oscilações por pulsação.
- Praticando o vibrato como indicamos no ponto anterior, podemos ir aumentando progressivamente a velocidade, sem alterar demasiadamente a posição da mão, até chegar a 120 BPM para um vibrato tranqüilo, e 160 BPM para um vibrato intenso.
- Para mais força e maior controle, pode colocar-se dois dedos para fazer o vibrato.
- Quando a música nos pede um vibrato e temos uma posição com pestana, é aconselhável soltar a pestana (se possível) e não vibrar imediatamente, mas um pouco atrasado e mais devagar.
- Planificar numa obra o emprego de vibratos em diferentes velocidades, ou seja, determinar um “esquema de vibratos” e não abusar deste recurso.
- Quando se deseja fazer uma nota mais alegre (principalmente as agudas): vibrar um pouco mais rápido.
- Numa nota rápida não se pode fazer um vibrato lento: não dá tempo e soa como se houvéssemos desafinado.
- Se não podemos manter um som agudo no canto, devemos vibrá-lo em pianíssimo com uma nota bastante redonda e atrair depois a atenção para o baixo ou outra voz. A nota aguda ficará “soando” na memória do ouvinte.
- Pode fazer-se um pequeno drama em uma nota culminante da frase vibrando-a, e para acentuar a expressão, suspender momentaneamente o tempo, mas isso tem que ser feito de forma muito sutil: imaginemos que ao atirar um objeto para cima, há um momento em que ele fica imóvel antes de começar a cair.
- O vibrato na melodia é uma “arma musical” para atrair a atenção. Se o usamos de forma exagerada, deixa de ter efeito.