165 Conselhos de David Russell – parte 2 – Traslado longitudinal

1.2. Mão esquerda

1.2.1 Traslado longitudinal

  1. Não acentuar a nota inicial após um traslado longitudinal, a não ser que a musicalidade assim o peça. Muitas vezes se acentua uma nota por razões puramente mecânicas, num momento que musicalmente não é desejado.
  1. É melhor aceitar que “se vai chegar tarde” após um deslocamento (desplazamiento) muito difícil, que encurtar a nota anterior para ter mais tempo para a troca de posição, pois no segundo caso, estaríamos chamando a atenção do público precisamente para o ponto mais difícil.
  1. Quando é necessário cortar uma nota, é melhor tocá-la piano, vibrá-la um pouco, e tocar um pouco mais forte a nota que retoma a frase, mas nunca acentuar a nota que será cortada, se musicalmente não for necessário.
  1. Se for inevitável cortar uma nota, procurar uma maneira de justificar musicalmente: sustentar (com vibrato) a nota anterior ou, ainda melhor, ir preparando o corte com um rallentando que vá deixando espaço entre as notas, como se estivesse nos avisando que a nota do corte vai demorar a chegar.
  1. Para disfarçar os traslados longitudinais, diminuendo, mas a tempo: evitar o impulso de acelerar para passar mais rápido pela dificuldade, pois assim só conseguiríamos, ao acelerar, chamar a atenção do público para a dificuldade.
  1. Terças consecutivas nas cordas agudas: evitar deslocamentos contínuos. Mover o polegar apenas quando for necessário, procurando (e memorizando) os pontos de apoio, de modo que seja possível que cada ponto sirva para duas terças. Considerar e planificar os lugares mais adequados para situar os inevitáveis cortes de som.
  1. Se há uma nota repetida antes de um deslocamento, não repetir com o mesmo dedo, mas substituir o segundo dedo por um que favoreça o deslocamento que se seguirá.

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