A história por de trás do HINO DA INDEPENDÊNCIA

A nossa história nacional é uma verdadeira trama de novela das 21:00. São muitas intrigas, romances, disputas, heroísmos, sabotagens, vigarices, entre muito mais ingredientes de uma verdadeira e boa novela. Não à toa, muitos emissoras de TV já produziram diversos folhetins baseados em diversos momentos de nossa história brasileira. A história do Hino da Independência do Brasil também é uma boa sugestão de enredo de uma minissérie da TV Globo.

Hoje o hino oficial tem a música de Dom Pedro I com a letra de Evaristo da Veiga. Mas nem sempre foi assim. Vamos primeiro aos fatos históricos.

D. João VI

Com a vinda da corte Portuguesa, de D. João VI e toda a sua família, em 1808 para a colônia, fugida da eminente invasão do exército napoleônico em Portugal, Brasil começou a prosperar, a ganhar contornos de uma sociedade mais livre e independente de seu colonizador. Lógico, aqui foram criadas universidades, bibliotecas, centros de pesquisas, escola de belas artes, jardins botânicos, bancos, portos foram melhores equipados para receber os produtos proveniente de acordos com, principalmente a Inglaterra. Evidente que, com o passar dos anos, a elite portuguesa que ficou em terras lusitanas começou a se estressar com a situação e exigiu o retorno da família Real para casa.

A nova elite sociedade brasileira que naquele momento já estava se acostumando com os privilégios de ser base política da coroa começou a aspirar autonomia política, pois havia ali já um desgaste do sistema de controle econômico, com restrições e altos impostos, exercido pela Coroa Portuguesa no Brasil e com a intensificações de Portugal em recolonizar o Brasil iniciou na colônia um imenso sentimento nacionalista.

Evaristo da Veiga

Foi quando em agosto de 1822, um mês antes da Independência do Brasil, o poeta Evaristo da Veiga escreveu sem nenhuma motivação aparente a não ser por este movimento nacionalista que tinha tomado conta do povo brasileiro o Hino Constitucional Brasiliense, o Brava Gente Brasileira. O professor de piano de D. Pedro I, Marcos Portugal, de posse desta poesia, escreveu uma melodia que se tornou o 1º Hino da Independência do Brasil.

No dia 7 de setembro de 1822, D. Pedro I proclama a independência do Brasil, quando voltava de viagem para casa, as margens do riacho Ipiranga, em São Paulo, e quando chegou em casa, sentou-se ao piano e compôs o hino oficial do Império do Brasil (esta melodia que conhecemos hoje).

Até aqui são só fatos, mas é a partir de agora que começam as intrigas, as trapaças, as histórias que ninguém conta sobre o hino.

De 1822 a 1833, D. Pedro assumiu a autoria da letra e música do Hino (mas todos nós sabemos que a letra já existia antes do fato), isso porque Evaristo da Veiga era muito tímido para reclamar a sua autoria. Somente em 1833, D. Pedro “corrigiu sua falha” dando o crédito da letra para o poeta Evaristo. A primeira melodia do hino escrita por Marcos Portugal ficou no esquecimento por este anos todos, até 1831, quando D. Pedro abdicou do trono para passar ao herdeiro Pedro II . A partir daí a melodia de Portugal voltou à parada de sucesso e o hino de Pedro I ficou no esquecimento até 1922.

Marcos Portugal

Em 1922, nas comemorações do Centenário da Independência do Brasil, a versão de Dom Pedro I voltou à cena. Anos mais tarde, o então Ministro da Educação, Gustavo Capanema, nomeou uma comissão composta por Villa-Lobos, Assis Republicano, Luís Heitor e Francisco Braga, para estabelecer a versão oficial dos Hinos brasileiros.

Assim oficializou-se o Hino da Independência, tal como foi escrito pelo Imperador e por Evaristo da Veiga, e como é conhecido até nossos dias.

 

Clique abaixo e confira o Hino da Independência composto por MARCOS PORTUGAL:

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