165 Conselhos de David Russell – parte 5 – Ligados. Ornamentos

1.2.4. Ligados. Ornamentos.

  1. Os ligados úteis são os que nos obrigam a formar frases musicais. Já os demais (os puramente mecânicos) é necessário tirá-los ou, se não se pode, compensá-los com a tímbrica (para que não se perceba a imposição mecânica sobre a musicalidade).
  1. Os grupetos românticos são mais sensuais, mais lentos, quase sem tocar a nota inicial. Os grupetos barrocos são mais abstratos, mais rápidos e com mais acentuação na nota inicial.
  1. Geralmente podemos interpretar os grupetos atrasando um pouco seu começo e acelerando progressivamente para recuperar o tempo “roubado” do início.
  1. Após um mordente, que costuma terminar com um inevitável ruidinho, vibrar um pouco a última nota, para disfarçar.
  1. Apoggiaturas: acentuar a apoggiatura e piano para a resolução. Ainda melhor: em vez de acentuar, deixá-la mais interessante, vibrando-a na segunda metade da nota.
  1. Grupetos longos (quatro ou mais notas): não atacar forte a nota inicial; esse ataque forte costuma ser devido ao “medo de perder som”, mas é um absurdo: o som vai se renovando a cada ligado. A única coisa que conseguimos com isso é desequilibrar o grupeto.
  1. Digitação aconselhada para os trinados a duas cordas: a-i-m-p, tocando a e m na corda mais aguda.
  1. Se num trinado está indicado um crescendo e não é possível fazê-lo, devido a estarmos fazendo-o em uma corda só: fazer um ligeiro acelerando, pois o efeito sonoro, ao aumentar o interesse, compensará a carência.

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